Observadores eleitorais da União Europeia notaram a “alteração injustificada” de alguns resultados nas eleições gerais de Moçambique, em meio a acusações de um importante candidato da oposição de que o governo matou seu advogado.
Os acontecimentos de terça-feira ocorreram um dia depois de moçambicanos se reunirem para protestar contra supostas fraudes nas eleições presidenciais e parlamentares de 9 de outubro.
A missão europeia que acompanhou as eleições denunciou graves irregularidades durante a contagem dos votos, como alterações nos resultados finais. Os observadores pediram mais transparência no processo, para que a população possa confiar nos resultados. Em um acontecimento chocante, um candidato presidencial acusou as forças de segurança de matar seu advogado, aumentando ainda mais a tensão no país.”
“Este foi um crime cometido pelas Forças de Defesa e Segurança. Não há dúvidas sobre isso. As forças especiais mataram Elvino [Dias]”, disse Mondlane, que acusou as forças de segurança de atirarem em Dias 25 vezes.
Há um preço pela minha cabeça”, afirmou Mondlane, com a voz embargada.Dias, que se preparava para defender a verdade nas urnas, foi brutalmente assassinado nas primeiras horas de sábado.Ele estava em um carro, em Maputo, com Paulo Guambe, quando foram covardemente emboscados e executados a sangue frio.